O perfil da inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), está bem diferente em 2011 do verificado em 2010, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O custo de serviços e preços de itens administrados levaram o IPCA a acelerar em agosto, atingindo 0,37%. O resultado é mais que o dobro de julho (0,16%). No ano passado, os alimentos foram os principais vilões da inflação.
Na alta de janeiro a agosto, de 4,42%, os preços administrados e monitorados foram responsáveis por 26%
da formação da taxa, enquanto os de serviços corresponderam a 34%. Esses aumentos são muito mais difíceis de domar, na avaliação do economista Luiz Roberto Cunha, decano e professor da PUC-Rio.
No acumulado de 12 meses, a inflação pelo IPCA atingiu 7,23%, a maior variação desde junho de 2005, quando ficou em 7,27%. Entretanto, Luiz Roberto Cunha acredita que a inflação acumulada em 12 meses vá convergir para o teto da meta do governo, de 6,5%, até o fim do ano.
"Eu diria que, em 2010, tivemos dois choques de alimentos, no começo e no fim do ano. Este ano, temos os
serviços, que já subiam no ano passado, mas estão muito fortes agora, porque tem a recuperação toda da renda, a demanda e o próprio crescimento.
Apesar da desaceleração, o crescimento da área de serviços continua forte", ressaltou Cunha.
A coordenadora de Índices de Preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos, chama a atenção para o fato de não haver muitos itens alimentícios entre os primeiros da lista que têm pressionado o IPCA no ano.
O decano da PUC-Rio lembrou que os preços dos serviços já aumentaram quase 9% no acumulado de 12 meses, mas não está ao alcance do governo uma medida imediata para conter essa alta. "O efeito da política monetária sobre serviços é muito relativo. Você precisaria ter uma redução muito forte da renda e da atividade econômica para começar a afetar de forma mais intensa", disse Cunha.
Na passagem de julho para agosto, ficaram mais caros os serviços de cabeleireiros (0,97%), bancários (0,17%) e cursos diversos (0,91%). Apesar de terem desacelerado, os serviços de empregados domésticos continuaram em alta (0,72%) na última leitura. "Os serviços aumentam em função da renda, que segue em alta", justificou Eulina.
Seis entre os nove grupos que compõem o IPCA tiveram aumento de custos em agosto. Embora os combustíveis tenham dado trégua - a gasolina ficou levemente mais barata e o preço do etanol desacelerou -, os alimentos puxaram a inflação no mês.
Pesaram mais no bolso os principais itens que compõem o prato dos brasileiros, como carnes, arroz, feijão
carioca, feijão preto, frango, pescados e pão francês. Houve aumento considerável também no aluguel residencial, eletrodomésticos e roupas.
O custo de serviços e preços de itens administrados levaram o IPCA a acelerar em agosto, atingindo 0,37%. O resultado é mais que o dobro de julho (0,16%). No ano passado, os alimentos foram os principais vilões da inflação.
Na alta de janeiro a agosto, de 4,42%, os preços administrados e monitorados foram responsáveis por 26%
da formação da taxa, enquanto os de serviços corresponderam a 34%. Esses aumentos são muito mais difíceis de domar, na avaliação do economista Luiz Roberto Cunha, decano e professor da PUC-Rio.
No acumulado de 12 meses, a inflação pelo IPCA atingiu 7,23%, a maior variação desde junho de 2005, quando ficou em 7,27%. Entretanto, Luiz Roberto Cunha acredita que a inflação acumulada em 12 meses vá convergir para o teto da meta do governo, de 6,5%, até o fim do ano.
"Eu diria que, em 2010, tivemos dois choques de alimentos, no começo e no fim do ano. Este ano, temos os
serviços, que já subiam no ano passado, mas estão muito fortes agora, porque tem a recuperação toda da renda, a demanda e o próprio crescimento.
Apesar da desaceleração, o crescimento da área de serviços continua forte", ressaltou Cunha.
A coordenadora de Índices de Preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos, chama a atenção para o fato de não haver muitos itens alimentícios entre os primeiros da lista que têm pressionado o IPCA no ano.
O decano da PUC-Rio lembrou que os preços dos serviços já aumentaram quase 9% no acumulado de 12 meses, mas não está ao alcance do governo uma medida imediata para conter essa alta. "O efeito da política monetária sobre serviços é muito relativo. Você precisaria ter uma redução muito forte da renda e da atividade econômica para começar a afetar de forma mais intensa", disse Cunha.
Na passagem de julho para agosto, ficaram mais caros os serviços de cabeleireiros (0,97%), bancários (0,17%) e cursos diversos (0,91%). Apesar de terem desacelerado, os serviços de empregados domésticos continuaram em alta (0,72%) na última leitura. "Os serviços aumentam em função da renda, que segue em alta", justificou Eulina.
Seis entre os nove grupos que compõem o IPCA tiveram aumento de custos em agosto. Embora os combustíveis tenham dado trégua - a gasolina ficou levemente mais barata e o preço do etanol desacelerou -, os alimentos puxaram a inflação no mês.
Pesaram mais no bolso os principais itens que compõem o prato dos brasileiros, como carnes, arroz, feijão
carioca, feijão preto, frango, pescados e pão francês. Houve aumento considerável também no aluguel residencial, eletrodomésticos e roupas.
(Fonte: O Estado de S. Paulo)
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