sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Banqueiros lavam as mãos em relação às saidinhas de banco

Cresce entre as vítimas de “saidinhas de banco” uma noção equivocada de que os bancários têm culpa pelos
assaltos. Os banqueiros lavam as mãos diante das reclamações, eximindo-se de qualquer responsabilidade. Os clientes, em vez de cobrar dos banqueiros a implantação de sistemas de segurança, acabam acusando os bancários Os indicadores de assassinatos em assaltos envolvendo bancos subiram 113%, em 2011, de acordo com pesquisa nacional da Confederação Nacional de Trabalhadores no Ramos Financeiro (Contraf-CUT) e Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV). Foram 49 mortes, no ano passado, contra 23, em 2010, com base em noticiário da imprensa e apoio do Departamento Intersindical de Estatística
e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
No Rio, registraram-se nove óbitos em casos de “saidinha de banco”, o segundo lugar no levantamento feito
pela Contraf-CUT e CNTV, ficando atrás apenas de São Paulo, que registrou 16 assassinatos. Nesses dois centros, o crescimento do número de mortes em assaltos envolvendo bancos foi de 200%. Apenas Minas Gerais, Pernambuco, Maranhão e Distrito Federal tiveram queda nos índices.
As entidades responsáveis pela pesquisa entendem que essas mortes denotam o descaso e a escassez de investimentos dos bancos no setor, além de revelarem a fragilidade da segurança pública. Segundo o Dieese, as despesas dos cinco maiores bancos com segurança representam 5,2%, em relação ao lucro (R$37,9 bilhões), de janeiro a setembro de 2011, gastando menos do que em 2010.
“Além de não garantirem segurança a clientes, com a instalação de câmeras de segurança, biombos nos guichês de caixas e reposicionamento das filas, os bancos não desenvolvem qualquer mecanismo de proteção ou de defesa de seus funcionários, responsabilizando os bancários”, disse o diretor do Sindicato André Spiga. Ele adiantou que, na próxima reunião das mesas temáticas, o Coletivo Nacional de Segurança Bancária, do qual faz  parte, vai pressionar os bancos para resolver essa situação calamitosa
Fonte: Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro/RJ

Origem: Boletim CNTV PS

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