“Cheguei atrasado porque fui atender duas saidinhas de banco”, disse o tenente coronel da Polícia Militar,
Walter Silveira, ao chegar a uma reunião entre representantes de bancos de Cuiabá, Sindicato dos Vigilantes
e a Polícia Militar que ocorreu na tarde desta quarta-feira (31).
Diante dos inúmeros assaltos a agências bancárias e caixas-eletrônicos na capital e em virtude da tentativa de assalto a um terminal de uma galeria da cidade, na segunda-feira (29), os três segmentos,
junto a representantes comerciais da galeria e de um shopping, chegaram a conclusão de que para coibir
a ação dos bandidos é preciso mudar os horários do abastecimento de caixas-eletrônicos e aumentar o
efetivo de vigilantes.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (SEEB-MT), Arilson da Silva,
só em 2010 foram 118 ataques a caixas-eletrônicos no estado. “Não é um problema novo. Esse ano foram
19 agências bancárias assaltadas e mais de 60 caixas-eletrônicos.
A demanda está aumentando muito”, avaliou.
O presidente do Sindicato dos Vigilantes de Mato Grosso, Valtair Lauriano, disse ao G1 que considera
tanto a mudança dos horários quanto o aumento no efetivo propostas eficientes, no entanto, observou
que devem ser mais bem discutidas.
“Quanto ao aumento do efetivo, hoje são quatro homens nos carros.
Mas temos que levar em consideração que os bandidos são audaciosos.
Podem ter dez ou 20 homens, que continua a mesma coisa. Mas queremos dificultar a ação dos marginais”,
pontuou.
Durante o encontro, o tenente coronel da Polícia Militar, Walter Silveira, reforçou que não é papel
do estado fazer segurança privada, mas destacou que uma ação conjunta entre os envolvidos pode ter
mais resultados.
“O que aconteceu na galeria não foi ausência da polícia. Mas as pessoas que estavam ali não têm
nada a ver com isso. Não queremos entregar nossa obrigação para nenhum segmento social. Mas não é
da nossa função [da segurança pública] estar ali fazendo segurança privada”, destacou o tenente.
Para o tenente da PM, outra medida de segurança é estimular a sociedade a usar outros instrumentos
eletrônicos de pagamento. “Hoje ainda tem muita circulação de dinheiro.
O que a sociedade precisa, com o crescimento da economia, é utilizar mais os instrumentos eletrônicos
disponibilizados e andar com menos dinheiro”.
Segundo Silveira, retirar os caixas-eletrônicos espalhados por Cuiabá não é a solução para os crimes.
“Falaram até em tirar da galeria os terminais. Isso seria um desserviço para os cidadãos”, pontuou.
Definições Para definir as ações que serão adotadas com base nas propostas desta quarta-feira (31), uma próxima reunião será realizada e deve contar com a participação do Sindicato das Empresas Transportadoras de Valores.
Ainda não há data definida.
Fonte: G1 MT
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